Por que NUMDI - Maria Dimpina Lobo Duarte?
Maria Dimpina Lobo Duarte nasceu em Cuiabá no dia 15 de maio de 1891, e faleceu em 10/12/1966 aos 75 anos de idade. Segundo consta em sua biografia Maria Dimpina fora uma personagem que marcou a historia da mulher em Mato Grosso.
Foi à primeira aluna do Liceu Cuiabano, onde até então só estudava rapazes. Bacharelou-se em Ciências e Letras contando apenas 18 anos. Dedicou-se ao magistério sendo professora da Escola Modelo “Barão de Melgaço”. Fundou o colégio particular “São Luiz” do qual foi proprietária, diretora e professora.
Em novembro do ano de 1916 com um grupo de moças orientadas pelo historiador Estevão de Mendonça, fundou o Grêmio Literário Júlia Lopes, e a revista “A Violeta”, onde foi diretora redatora e efetiva colaboradora. Foi por muito tempo oradora das mulheres mato-grossenses, destacando-se na luta pelo voto feminino e outros direitos da mulher.
Fez concurso para postalista dos Correios e Telégrafos obtendo o primeiro lugar entre os participantes de todo o Brasil, tendo a honra de ser a primeira funcionaria publica do Estado de Mato Grosso.
Lutou pela construção de uma Estrada de Ferro para o norte de Mato Grosso e também por rodovias.
A prefeitura municipal de Cuiabá conferiu o seu nome a uma das escolas no bairro Coxipó da Ponte a uma rua no bairro Boa Esperança, após três anos da sua morte.
O resumo se assim se pode dizer da biografia da professora Maria Dimpina Lobo Duarte, parecer o que resta de sua história nos arquivos da escola que leve o seu nome, do mesmo modo que sua silenciosa memória se restringe a uma foto sua pendurada na parede do corredor de pouco luminosidade.
O silêncio quer seja em relação à história, quer seja em relação a memória da professora Maria Dimpina, ficou evidente nos depoimentos das pessoas entrevistadas; funcionários, professores, coordenadora pedagógica e diretora, além dos depoimentos informais de alunos.
Todos os depoentes demonstraram ter conhecimento da importância histórica que a professora Dimpina tivera no contexto da história regional e principalmente para a historia das mulheres mato-grossenses, uma vez que fora a primeira mulher a se manifestar contra a discriminação de gênero.