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Artigo: Maior que a felicidade de sair de um país é encontrar trabalho no outro

Publicado por: Campus Barra do Garças / 20 de Maio de 2020 às 10:08

Chegou enfim o tão esperado momento: “visto obtido com sucesso”. Um alívio sem igual. Sensação de euforia! Finalmente chega a hora de partir para a terra desejada. O imigrante tem que se despedir de amigos, conhecidos e familiares. Dor no peito. É a perplexidade entre deixar seus amigos e família e realizar seu sonho de viajar à procura de melhores condições de vida. 

Grande alegria escondida num coração pequeno demais! Enfim chega a hora de viajar.  Tem vontade até de subir no telhado e gritar que vai deixar aquele país e que a partir daquele momento sua vida vai melhorar!

Tem vontade de gritar que nunca mais sentirá a dor da falta das necessidades básicas e que agora está na mais ilustre fase de sua vida! Mas, recua... na sua humildade e em respeito aos seus amigos, guarda para si o grito. Ansioso, espera o momento da viagem. 

Ao chegar ao aeroporto, ele repara pessoas de várias nacionalidades. Presta atenção nas conversas, mas não entende nada. Outros idiomas. Mesmo assim, está feliz e satisfeito. Sente que está prestes a deixar a sua casa. Finalmente! Passa pela vistoria. Seus documentos estão certos! Ufa! 

Entra no avião. Acerta enfim seu lugar. Obedece à ordem de colocar o celular no modo de avião, não sem antes de tirar uma foto.  A plenitude do momento merece registro.

Tudo foi bem planejado. Com imprevistos, mas planejado!  Respira aliviado. 

Chega a seu destino. Tudo é vivo: o cheiro da cidade, a arquitetura, a beleza das pessoas. De cara, o novo país já conquista o imigrante. 

Embora tudo isso lhe seja muito agradável, o foco do imigrante se resume em trabalho, moradia decente e acesso a uma universidade. Para essa conquista, ele sabe que a exploração do ambiente tão deslumbrante pode ficar para depois. Apressa-se em busca de trabalho.

    Para acesar a notícia original clique aqui 

 Vladinov Benjamin  Imigrante haitiano, morador de Rondonópolis-MT, Brasil,
Aluno do Curso de TADS -IFMT- campus Rondonópolis.

Revisão: Arlete Fonseca - Professora de Português.

 

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